Unidades de saúde oferecem grupos de apoio para quem deseja parar de fumar
29/05/2025
(Foto: Reprodução) Atendimento é gratuito e inclui acompanhamento multiprofissional, com apoio de medicamentos quando necessário. Em alusão ao Dia Mundial Sem Tabaco, celebrado em 31 de maio pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a Secretaria Municipal de Saúde de Araucária reforça a importância da prevenção e do combate ao tabagismo. A data tem como objetivo alertar a população sobre os riscos do uso do tabaco, responsável por inúmeras doenças e mortes evitáveis. Em Araucária, todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) oferecem grupos de apoio gratuitos para quem deseja parar de fumar.
Para participar, a pessoa interessada deve comparecer à UBS mais próxima para uma avaliação inicial. A avaliação clínica é feita por uma equipe multiprofissional capacitada pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), que pode incluir médico, enfermeiro, farmacêutico, fisioterapeuta e técnico em saúde bucal. A partir dessa triagem, o paciente é inserido em uma lista de espera até que se forme um grupo com, no mínimo, 10 participantes.
Durante os encontros, os participantes recebem orientações sobre os malefícios do tabaco e estratégias para deixar de fumar. Quando necessário, o médico responsável pode prescrever o uso de adesivos, gomas de nicotina ou medicamentos como a bupropiona, de acordo com o grau de dependência e o histórico de saúde de cada paciente.
O acompanhamento tem duração de até um ano. No primeiro mês, são realizados quatro encontros semanais. Nos dois meses seguintes, os encontros passam a ser quinzenais, depois mensais, até o encerramento do ciclo. “Não existe forma segura de fumar. Seja por meio do cigarro eletrônico ou do cigarro convencional, os danos à saúde são severos. Por isso, é imprescindível parar com o hábito”, alerta o enfermeiro Cláudio Antunes, do Departamento de Atenção Primária (DAP).
Riscos da nicotina e do cigarro eletrônico
A nicotina, o formaldeído e o acetaldeído estão presentes tanto no cigarro tradicional quanto nos dispositivos eletrônicos. Essas substâncias são altamente tóxicas, causam dependência, podem provocar danos permanentes ao organismo e aumentar o risco de doenças graves, incluindo o desenvolvimento de tumores malignos.
Embora a comercialização de cigarros eletrônicos seja proibida no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2009, adolescentes e jovens ainda têm acesso fácil a esses dispositivos por meio da internet, do comércio informal ou adquirindo no exterior. É importante que os pais orientem seus filhos a respeito dos riscos dessa prática.