Advogado de Maringá é preso durante operação por suspeita de chefiar esquema que sonegou mais de R$ 100 milhões em imposto na Paraíba

  • 07/10/2025
(Foto: Reprodução)
Maringá tem 3 presos em operação que investiga sonegação de R$ 110 milhões Um advogado de Maringá, no norte do Paraná, foi preso na manhã desta terça-feira (7) por ser suspeito de chefiar um esquema de sonegação fiscal que gerou prejuízo de R$ 110 milhões aos cofres públicos na Paraíba. Duas mulheres também foram presas durante a Operação Baronato, coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal (GAESF) do estado paraibano. Outras seis pessoas foram presas em Campina Grande, na Paraíba, em São Paulo e na Bahia. Além das prisões, foram apreendidos três carros de luxo, três caminhões, joias e dinheiro em espécie em seis tipos de moedas de outros países. A Justiça também determinou o bloqueio de 120 contas bancárias e o sequestro de bens dos investigados. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Maringá no WhatsApp Segundo o MP da Paraíba, na investigação foram descobertas mais de 100 empresas laranjas em mais de 20 estados. Ao todo, foram dois anos de investigações e 150 agentes envolvidos na ação. Na manhã desta terça-feira, a Polícia Civil (PC-PR) ajudou a cumprir mandados de busca e apreensão na casa do advogado e no escritório, que fica na Avenida Carneiro Leão, em Maringá. Durante a ação, a polícia apreendeu dois carros de luxo no local. Segundo as investigações, ele é apontado como o principal articulador do esquema criminoso, mas não atuava profissionalmente como advogado no caso. O nome do advogado não foi divulgado. O g1 tenta localizar a defesa dele. Leia também: Golpe: Idoso se passa por policial civil para vender rifa falsa e dá prejuízo de R$ 700 mil a comerciantes no Paraná, diz delegado Londrina: Pai chama polícia ao ver comércio dele sendo furtado e descobre que um dos presos é o próprio filho Investigação: Policiais rodoviários estaduais são alvo de operações suspeitos de cobrar dinheiro de pelo menos 100 motoristas para evitar multas, no Paraná Entenda como esquema funcionava O grupo investigado é suspeito de sonegar R$ 110 milhões em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na Paraíba. Ele mantinha filiais em diferentes estados e usava essas estruturas para simular transferências de mercadorias e comercializar produtos na Paraíba sem pagar o imposto devido. Os detalhes do esquema foram divulgados em entrevista coletiva nesta terça (7). A investigação da Polícia Civil aponta que o grupo criminoso atuava em pelo menos vinte estados do Brasil. De acordo com o promotor, a investigação sobre o esquema fraudulento de sonegação fiscal na Paraíba começou em 2023, a partir de uma empresa de fachada localizada na cidade de João Pessoa. “Esse grupo criminoso utilizava-se de um permissivo legal, que era a permissão de fazer transferência de mercadorias entre empresas de mesmo nome, ou seja, entre matriz e filial, e quando essa mercadoria é transferida entre as mesmas filiais, não há incidência de ICMS, nem o ICMS direto nem o da diferença de alíquota. Esse grupo criminoso começou a fazer transferências de mercadorias, mas o destinatário final não era a filial de João Pessoa, mas sim outro contribuinte que recebia a mercadoria, fazia o pagamento, só que a empresa que estava nesse permissivo legal declarava o imposto a ser recolhido, mas não recolhia", explicou o promotor de Justiça de crimes contra a ordem tributária do Ministério Público da Paraíba. Operação mira grupo suspeito de sonegar R$ 110 milhões em ICMS na Paraíba Divulgação/Sefaz Segundo a Secretaria de Estado da Fazenda, o grupo simulava operações interestaduais para evitar o pagamento do ICMS e obter vantagem competitiva. "O Fisco observou essa situação e começou a investigar, observando a quantidade de declarações e não pagamentos. E aí a gente percebeu que o sistema dessa organização criminosa modificou para não mais declarar o ICMS devido, mas apresentar agora transferências de créditos que também não existiam, não preenchiam os recolhimentos legais para, no final, zerar a incidência de ICMS, deixando novamente o Estado no prejuízo sem o recolhimento do imposto devido, quer seja na ponta, quer seja na diferença de alíquotas de ICMS. E o lucro disso era rateado entre os membros da organização, primeiro em João Pessoa e depois também aqui em Campina Grande", afirmou o promotor do MPPB. VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias do g1 Norte e Noroeste.

FONTE: https://g1.globo.com/pr/norte-noroeste/noticia/2025/10/07/prisao-operacao-sonegacao-imposto.ghtml


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