Casal é suspeito de desviar R$ 143 mil de empresário internado e matá-lo para encobrir furto, no Paraná
11/04/2025
(Foto: Reprodução) Desvios aconteceram quando Ricardo de Oliveira Osinski se recuperava de um acidente. Segundo polícia, suspeitos tiveram acesso à vítima porque estavam listados como contatos de emergência dele. Defesa do casal afirma que vai se manifestar após ter acesso aos autos. Casal é suspeito matar empresário e desviar R$ 143 mil das contas dele em Ponta Grossa
Um casal de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, foi preso temporariamente nesta quinta-feira (10) suspeito de desviar R$ 143 mil das contas bancárias do empresário Ricardo de Oliveira Osinski enquanto ele estava internado e matá-lo para encobrir o furto.
As informações são do delegado Luis Gustavo Timossi, responsável pelo caso.
De acordo com ele, os suspeitos tiveram acesso à vítima porque estavam listados como contatos de emergência dele. Ambos são donos de uma clínica de reabilitação da cidade, na qual Ricardo foi paciente.
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"As evidências apontam para um crime premeditado com motivação financeira. Há fundada suspeita de que os suspeitos teriam se aproveitado da vulnerabilidade da vítima, que era dependente químico, para obter acesso às suas contas bancárias. Após realizarem os desvios, há suspeita de que Ricardo foi assassinado para que os desvios não fossem descobertos", explica o delegado.
Ricardo de Oliveira Osinski tinha 54 anos
Reprodução/Redes Sociais
Timossi conta que o caso começou a ser investigado após o corpo de Ricardo ser encontrado na área rural de Ponta Grossa, na Estrada do Alagado, no dia 26 de março, com diversos golpes de arma branca.
A polícia descobriu que 15 dias antes o empresário sofreu um acidente e foi hospitalizado e, na oportunidade, o proprietário da clínica foi identificado como contato de emergência dele e foi chamado no local.
Após ter acesso ao celular e a outros pertences de Ricardo, iniciaram-se diversas transações bancárias em favor da clínica terapêutica e do proprietário dela, relata o delegado. Veja detalhes mais abaixo.
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Além das prisões temporárias, a Justiça determinou a expedição de mandados de busca e apreensão em diversos endereços ligados ao casal. Em uma das residências, bicicletas adquiridas com o dinheiro da vítima foram localizadas, afirma Timossi.
Também foi determinado o bloqueio de bens e valores do casal e da clínica.
"Agora, as investigações prosseguem visando esclarecer completamente o crime. Os suspeitos, ao final do Inquérito Policial, poderão ser indiciados pela prática dos crimes de homicídio qualificado, furto mediante fraude, não se descartando ainda a prática do crime de cárcere privado. As prisões foram decretadas pelo prazo de 30 dias, podendo este prazo ser prorrogado em caso de necessidade para as investigações", aponta o delegado.
Os suspeitos, um homem de 38 anos e uma mulher de 50, não tiveram os nomes revelados.
Em nota, o advogado Fernando Corrêa, responsável pela defesa deles, afirma que vai se manifestar após ter acesso aos autos.
Casal foi preso na tarde de quinta-feira (10)
Polícia Civil
Casal desviou dinheiro de empresário e o matou para tentar encobrir o esquema, diz delegado
De acordo com o delegado Luis Gustavo Timossi, Ricardo foi internado na clínica dos suspeitos em outubro de 2024.
Após o corpo dele ser encontrado, no dia 26 de março de 2025, a polícia descobriu que no dia 11 de março ele havia sido hospitalizado devido a um acidente ocorrido em uma pousada onde estava hospedado.
"Na ocasião, o proprietário da clínica, que foi identificado como contato de emergência de Ricardo, foi chamado no local. Após ter acesso aos pertences de Ricardo e ao seu aparelho de telefonia celular, iniciaram-se diversas transações bancárias em favor da clínica terapêutica e de seu proprietário", conta.
Segundo o delegado, Ricardo passou um dia hospitalizado. Nesse período, foram desviados R$ 86,5 mil da conta bancária dele.
A polícia também descobriu que após ele receber alta, o casal foi buscá-lo e o levou para a própria residência. Nesse período, o empresário não foi visto por nenhum familiar. Ao mesmo tempo, os desvios da conta bancária dele se intensificaram, detalha Timossi.
"No dia seguinte ao achado do corpo, as equipes policiais identificaram que o casal adquiriu um par de bicicletas, avaliadas em R$ 5 mil, constatando-se ainda uma expressiva transferência de R$ 27,5 mil realizada para a clínica do casal", conclui o delegado.
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