Deputados estaduais aprovam projeto que autoriza acordos entre Ministério Público e promotores que cometeram infrações

  • 16/04/2024
(Foto: Reprodução)
Mudança vale para casos considerados de 'menor potencial' e prevê assinatura de Termo de Ajuste de Conduta antes da abertura de processo administrativo. Deputados aprovam projeto que permite acordos com membros do MPPR A Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) aprovou, nesta terça-feira (16), o projeto de lei que permite que o Ministério Público do Paraná (MP-PR) firme acordo com promotores que cometeram infrações de menor potencial. Trinta e um parlamentares votaram a favor e oito contra. A mudança deve substituir, por exemplo, eventuais sanções como advertências, censuras ou multa aos promotores. A proposta muda trechos da Lei Orgânica do Ministério Público do Paraná (MP-PR) e autoriza que a Corregedoria-Geral do MP proponha um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) a promotores investigados antes da instauração de um processo administrativo. ✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp ✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram Prédio do Ministério Público do Paraná Reprodução/RPC O Ministério Público justificou que a alteração tem o aval do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) que já vale em outros estados e reforçou que o TAC não poderá ser aplicado em casos em que os promotores estiverem sujeitos a sanções mais graves, como suspensão ou demissão. Outro argumento é que a modificação na Lei Orgânica vai evitar a demora no desfecho de processos e até mesmo a prescrição dos casos em que os promotores viram alvo de investigações internas. Leia também: Mulher morre em UPA exclusiva para pessoas com dengue em Londrina Curitiba abre 150 leitos emergenciais em hospitais por conta da alta demanda Caso Traiano Ademar Traiano (PSD) estava na presidência da Alep desde 2015 Orlando Kissner/Alep A Assembleia Legislativa tratou do projeto de lei em 2023, mas retirou o assunto de pauta durante o escândalo que envolveu o presidente da Casa, Ademar Traiano (PSD). Traiano assinou Acordos de Não Persecução Penal (ANPP) e de Não Persecução Cível (ANPC) com o Ministério Público depois de confessar ter pedido e recebido propina, mesma confissão do ex-deputado Plauto Miró. Eles confessaram que pediram e receberam propina do empresário Vicente Malucelli, que tinha um contrato de prestação de serviço com a Assembleia Legislativa. Gravações desses acordos foram obtidos pelo g1 e a RPC e revelam como foram as negociações para a obtenção da propina. Malucelli era um dos responsáveis pela TV Icaraí, que venceu uma licitação para fazer o planejamento e produção de conteúdo para a TV Assembleia — canal de TV da Assembleia Legislativa do Paraná. O contrato foi firmado em 19 dezembro de 2012. O prazo era de 36 meses, com valor total de R$ 11,4 milhões. Como assinaram os acordos em dezembro de 2022, Plauto Miró e Ademar Traiano não responderam a processos. Como foi a votação Os deputados que apoiam o governador Ratinho Junior (PSD) concordaram com o projeto, que foi protocolado pelo próprio MP. Os parlamentares minimizaram o risco de que a alteração poderia gerar impunidade para promotores que cometam desvios de conduta. O líder da bancada da oposição na Assembleia, deputado Requião Filho (PT), disse que liberou a bancada na votação porque não houve acordo nas discussões. Apesar das discordâncias, todos os parlamentares de oposição votaram contra o projeto. Mais assistidos do g1 PR Leia mais em g1 Paraná.

FONTE: https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2024/04/16/deputados-estaduais-aprovam-projeto-que-autoriza-acordos-entre-ministerio-publico-e-promotores-que-cometeram-infracoes.ghtml


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