Mulher é mantida em cárcere privado em estúdio de música e estuprada por namorado e amigo dele no Paraná, diz polícia
10/04/2025
(Foto: Reprodução) Segundo delegado, um dos suspeitos é proprietário do local e, juntamente ao outro, manteve a vítima drogada para cometer os crimes. Defesas deles negam os crimes. Suspeitos foram presos pela Guarda Civil Municipal
Guarda Civil Municipal
Uma mulher foi mantida em cárcere privado em um estúdio de música pelo próprio namorado e por um amigo dele, segundo a Polícia Civil. O caso aconteceu em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná.
Os homens foram presos após a vítima ser libertada, procurar a Guarda Civil Municipal (GCM) e relatar os crimes.
"A jovem teria sido drogada com o uso de remédios e entorpecentes e mantida em cárcere privado pelos agressores, sendo forçada, sob grave ameaça, a manter relações com os indivíduos, que também teriam registrado os atos", afirma a corporação.
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O delegado Josimar Antônio da Silva, responsável pelo caso, explica que o estúdio de música é de um dos suspeitos e, inicialmente, a vítima estava com eles por vontade própria. Porém, quando quis ir embora, foi mantida à força no local.
Ela só foi libertada após um primo intervir na situação.
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Após a denúncia feita à Guarda Municipal, os agentes foram até o local, mas não encontraram os suspeitos. Entretanto, na sequência, os homens retornaram ao imóvel e foram detidos pela equipe.
Eles foram autuados em flagrante no dia 29 de março e tiveram a prisão convertida em preventiva.
Segundo o delegado, o inquérito foi finalizado e os dois foram indiciados por estupro e cárcere privado. Para os crimes, o Código Penal prevê pena de até 15 anos de prisão.
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Os nomes e idades dos envolvidos não foram revelados.
Roberto Corrêa, advogado que atua na defesa do namorado da vítima, nega os crimes e afirma que as relações sexuais foram consensuais.
Em nota, o advogado Helian Kosloski dos Santos, que atua na defesa do outro suspeito, também afirma que o cliente é inocente.
"Desde o primeiro momento da investigação policial, ainda em Inquérito, a vítima e familiares são claros ao afastarem a participação do produtor em qualquer ato sexual que não tenha sido consentido. A vítima ainda relatou, em delegacia, que o produtor não possuiu qualquer envolvimento em relação ao cárcere privado judicial", alega.
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