Padrasto é condenado a 51 anos de prisão por ter estuprado, matado e ocultado o corpo da própria enteada no Paraná
10/04/2025
(Foto: Reprodução) Corpo de Kameron Odila Gouveia Osolinski foi encontrado em abril de 2023. Givanildo Rodrigues Maria confessou o crime. Defesa diz que analisa se vai recorrer da sentença. Padrasto é condenado a 51 anos de prisão
Givanildo Rodrigues Maria foi condenado a 51 anos e 9 meses de prisão por ter estuprado, matado e ocultado o corpo da própria enteada, Kameron Odila Gouveia Osolinski, de 11 anos, em Guaraqueçaba, no litoral do Paraná.
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A morte aconteceu em Guaraqueçaba, no litoral do Paraná, em abril de 2023. Antes de o corpo da criança ser encontrado, Kameron chegou a ser dada como desaparecida pela Polícia Civil. O homem confessou o crime e disse que matou a enteada asfixiada. Relembre abaixo.
Ele foi condenado pelos crimes de homicídio qualificado, estupro de vulnerável e ocultação de cadáver em um júri popular que durou dois dias e ocorreu em Antonina, também no litoral do estado.
Kameron Odila Gouveia Osolinski tinha 11 anos
Arquivo da família
Na condenação, foram consideradas as qualificadoras de meio cruel, por conta da asfixia, o uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, o fato de o crime ter sido cometido para assegurar a ocultação e impunidade do estupro, o feminicídio e o fato de ser a vítima menor de 14 anos.
A defesa de Givanildo disse que analisa se vai recorrer da sentença.
Ele está preso desde 29 de abril e iniciará o cumprimento da pena em regime fechado.
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O desaparecimento
Kameron Odila Gouveia Osolinski tinha 11 anos
Reprodução
Segundo o Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride), Kameron desapareceu no dia 26 de abril na região da PR-405, em Ipanema, comunidade rural do município de Guaraqueçaba.
O desaparecimento chegou a ser divulgado pela prefeitura. Na ocasião, a administração municipal disse que a menina tinha saído de casa pela última vez para fazer atividades da escola na casa de uma colega.
À Polícia Militar, a família contou que, ao dar falta da menina, começou a ligar para o celular dela. Familiares disseram à corporação que uma pessoa chegou a atender o telefone da criança e desligou.
As buscas por Kameron contaram com apoio da comunidade, polícia e Defesa Civil. O corpo dela foi encontrado um dia depois do desaparecimento, também em Guaraqueçaba.
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Padrasto confessou o crime
Padrasto confessou o crime
Reprodução/RPC
Após o corpo da menina ser encontrado, Givanildo foi encaminhado à delegacia. Ele foi preso em flagrante por homicídio e ocultação de cadáver.
Inicialmente, Givanildo havia negado o crime. Em interrogatório à Polícia Civil, depois de ser preso em flagrante, o padrasto disse ao delegado Isaias Fernandes Machado que não matou a criança. Afirmou, também, que estava "com a consciência tranquila".
No mesmo interrogatório, o homem também foi questionado sobre ter um comportamento possessivo com a criança, conforme declarações de testemunhas. Ele negou.
Um dia depois, ele foi solto por determinação do juiz Jonathan Cheong, que entendeu não existir sinais de que o padrasto, apesar de suspeito, pudesse destruir alguma prova ou fugir da cidade.
Quando a soltura de Givanildo foi cumprida, a Justiça também negou um pedido do Ministério Público (MP-PR) para transformar a prisão do suspeito em preventiva.
No dia seguinte, o homem procurou a Polícia Militar, que o encaminhou para a Polícia Civil. Na Delegacia de Paranaguá, à corporação, Givanildo confessou o crime.
À polícia, ele afirmou que asfixiou a menina durante o abuso sexual e, em determinado momento, percebeu que ela estava morta. Na ocasião, ele deu detalhes ao delegado sobre como descartou o corpo da vítima.
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