Pedreiro é condenado a 19 anos de prisão por matar cliente que reclamou de serviço e jogar corpo da vítima em rio, no Paraná
10/04/2025
(Foto: Reprodução) Hélio Aracheski Ochinski foi condenado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Homem golpeou Lucimari Ferrari Ribeiro com marreta durante visita a obra, segundo MP. Defesa dele diz que entende e respeita a sentença. Homem é condenado por matar cliente que reclamou de serviço
O pedreiro Hélio Aracheski Ochinski foi condenado a 19 anos, 9 meses e 15 dias de prisão por matar e ocultar o corpo de Lucimari Ferrari Ribeiro, cliente que reclamou de um serviço realizado por ele em São João do Triunfo, nos Campos Gerais do Paraná.
Segundo o Ministério Público, o crime aconteceu quando Hélio e Lucimari foram visitar uma obra que ele estava fazendo em uma casa da família da mulher. Saiba mais abaixo.
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"Após Lucimari observar a referida obra, esta teria criticado sua execução e chamado o denunciado de 'idiota', o que o deixou extremamente irritado, fazendo com que desferisse diversos golpes com uma marreta de borracha, a qual utilizava para assentar pisos cerâmicos, e depois a jogou no rio", aponta a promotoria.
Na sessão de julgamento, realizada na terça-feira (8) e divulgada nesta quinta (10), o Tribunal do Júri acolheu as teses do Ministério Público e condenou o pedreiro por homicídio triplamente qualificado (por emprego de meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e motivo fútil) e ocultação de cadáver.
O crime aconteceu em outubro de 2023 e Hélio está preso desde então. Conforme a determinação da Justiça, ele continuará detido para cumprir a pena em regime fechado.
Lucimari Ribeiro tinha 52 anos
Reprodução/Redes Sociais
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O promotor de justiça Paulo César Pinhata Iemma, que atuou no caso, afirma que o Ministério Público entende que a decisão dos jurados "foi correta e espera que a família da vítima encontre no julgamento conforto pela Justiça ter sido feita".
Em nota, a defesa de Hélio Aracheski Ochinski afirma que "entende e respeita a decisão soberana do Tribunal do Júri" e destaca expressar solidariedade e respeito à família da vítima.
Para a defesa da família da vítima, a justiça não apenas foi feita; "ela finalmente abraçou a memória de Lucimari".
"A crueldade deste crime foi exposta em sua mais dolorosa totalidade, permitindo que a verdade, por mais difícil que fosse de confrontar, prevalecesse sobre a escuridão da mentira. [...] Agora, a família, e o espírito de Lucimari que paira sobre todos nós, pode finalmente encontrar alguma paz, sabendo que sua morte, embora trágica, não foi em vão, e que a justiça, mesmo com passos lentos, se fez presente e inabalável", afirmam os advogados Anderson Rodrigues Ferreira e Cristiano de Assis Niz.
Pedreiro matou e jogou corpo de cliente no rio
O crime aconteceu no final da tarde de 4 de outubro de 2023.
De acordo com as investigações, Hélio buscou Lucimari no trabalho, em São Mateus do Sul, e a levou para uma residência dela na localidade de Fundão, em São João do Triunfo, para mostrar a obra que estava executando no local.
Segundo o MP, ambos mantinham uma relação de confiança e amizade, e o pedreiro cometeu o crime após a cliente criticar o trabalho dele.
A denúncia aponta que ele a atacou com golpes de marreta e a levou, desacordada, até uma ponte que fica a cerca de 14,7 km do local. Lá, desferiu novos golpes contra a vítima e a jogou no Rio Água Branca.
O corpo da mulher foi encontrado apenas quatro dias depois, pelo Corpo de Bombeiros após o carro do pedreiro ser localizado abandonado na região.
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